segunda-feira, 1 de agosto de 2011

JESUS, O JUDEU IMPURO - 1ª PARTE


Uma certa mulher indignada por não conseguir a cura de seu problema e por muito gastar e não ver resultados, começa a indagar-se:
- Já faz doze anos que sangro e não tenho nenhum mês de descanso, minhas economias foram gastas e não melhoro.
Esta mulher não se reúne mais no meio do povo, nem frequenta mais o templo já há muitos anos:
- Não posso ao menos ir ao templo orar para que o Deus de nosso pai Abraão me conceda a cura – exclama a mulher indignada com sua situação.
O judaísmo impunha a uma mulher o status de impura, em seu clico menstrual ou se o mesmo se prolongue:
- Meu sangramento constante me inclui em numa ideia de imundície declarada nos textos da Lei de Moisés – pensava consigo a mulher - e não posso nem tocar nas pessoas, pois corro o risco de ser passiva de punição por tonar outras pessoas impuras com o meu toque.  
Certo dia ao ouvir falar de um Rabi que fazia milagres por onde passava, inquietou o seu coração:
- Preciso chegar até ele e de qualquer forma conseguir que me cure – planejava a mulher – nem que ao menos eu o toque.
Mas algo incomodava essa mulher...
- Não posso tocá-lo, eu sou imunda, e se alguém me descobrir posso ser apedrejada no mesmo instante. Mas não posso perder essa oportunidade.
Jesus passava por perto e cheia de medo, aquela mulher se mistura na multidão.
- Preciso chegar perto do Rabi – se comprometia consigo mesma.
A multidão se espremia para ver Jesus e escutá-lo. Até que a mulher consegue chegar perto do Mestre e...
- Estou quase conseguindo tocá-lo, só assim posso ficar curada.
Porém não conseguia, pois todos queriam chegar perto de Jesus, até que ousadamente ela toca a orla da veste de Jesus que fica em baixo e se afasta.
- Estou curada! – grita em seu interior – Apenas com um toque fiquei curada.
Jesus parou de caminhar e pergunta:
- Alguém me tocou? – o Mestre dirigi-se aos seus discípulos.
- Como o Senhor nos faz essa pergunta? Será que não percebes que somos espremidos pela multidão?
E Jesus responde:
- Alguém me tocou, pois de mim saiu poder.
E Jesus sai a procurar a pessoa que tinha o tocado até chegar a mulher que não sangrava mais, porém tremia de medo.
- Mesmo sem sangrar mais, não posso ser descoberta, pois teria que me purificar daqui a sete dias para me tornar pura novamente. – pensava consigo a mulher.
Ao se aproximar daquela mulher amedrontada pelo o que poderia acontecer com ela, antes que Ele falasse algo ela se prostra e declara na frente de todos:
- Mestre! Sei que não poderia ter te tocado, pois tu és santo. Mas há doze anos padeço de uma hemorragia. Gastei tudo o que tinha e não achei a cura. Precisava te tocar, pois só assim poderia ser curada. E ao te tocar sentir que a hemorragia estancara. Não sei o que será de mim agora depois que todos sabem que eu te toquei.
 Após escutar a confissão da mulher, Jesus apenas dirigiu-lhe doces palavras:
- Vai em paz filha, pois quem te curou foi a tua fé.
A mulher ainda estonteante depois de ser curada e de ser protegida pelo Rabi sai e se perde entre aquela multidão.

Um comentário:

  1. Esse texto foi inspirado numa mensagem que escutei nesse domingo dia 31/07 pelo Pastor Abmael Larges.

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